Localizada em Valência, na Espanha, a Cidade das Artes e Ciências é um dos complexos arquitetônicos mais emblemáticos do mundo. Projetada pelo renomado arquiteto espanhol Santiago Calatrava, a obra tornou-se um dos maiores cartões postais da cidade, sendo reconhecida muito além da sua imponência estrutural, mas também pela sua capacidade de integrar arte, ciência e natureza em harmonia.

Santiago Calatrava: elegância, fluidez e inovação

Foto: Sebastian Weiss

Santiago Calatrava é conhecido por, em sua assinatura arquitetônica, empregar fluidez nas linhas e por referências à natureza e à anatomia humana. Com formação em arquitetura e engenharia civil, ele possui uma perspectiva única, na qual estética e funcionalidade coexistem em perfeita harmonia.

Na Cidade das Artes e Ciências, essa característica é clara. As estruturas remetem a seres vivos, como esqueletos, olhos ou conchas, estabelecendo uma linguagem visual singular. Isso parte da percepção de Calatrava, que diz que “precisa emocionar, interagir com o espaço urbano e, principalmente, transcender as fronteiras da técnica para se transformar em arte.

Arquitetura como vivência sensorial

A experiência oferecida pela Cidade das Artes e Ciências vai além da apreciação estética. Ao percorrer seus espaços, o visitante é imerso em perspectivas majestosas, reflexos aquáticos que ampliam a monumentalidade das construções e jogos de luz que transformam cada ângulo em uma nova descoberta visual.

Esta obra, composta por um conjunto de edificações que começou a ser inaugurado em 1998, reúne prédios dedicados à cultura, ao conhecimento e ao lazer, como o Palácio das Artes Reina Sofia, o Hemisfèric, o Museu das Ciências Príncipe Felipe e o Oceanogràfic. Mais do que simples construções, cada edificação se ergue como uma obra de arte contemporânea em escala monumental.

É por isso que, em cada construção, presencia-se uma capacidade única casada às experiências sensoriais completas, aproximando a obra de Calatrava da essência de outros campos criativos, como o design de interiores e o mobiliário.

Tal como um projeto arquitetônico bem-sucedido, o design deve ir além da funcionalidade, despertando sensações e estabelecendo conexões emocionais com quem habita ou visita o espaço.

A ponte entre arte e função: inspiração para arquitetos e designers

Santiago Calatrava e arquitetos modernos

Foto: Sebastian Weiss

Assim como a Cidade das Artes e Ciências redefine a relação entre forma e função, o universo do design de interiores e do mobiliário também se nutre desse equilíbrio. Afinal essas áreas compartilham dessa mesma visão: a de que cada projeto não é apenas uma solução funcional, mas também um manifesto estético e artístico.

Para arquitetos e designers de interiores, observar obras deste tamanho é um convite à reflexão sobre como a arte pode ser incorporada ao cotidiano, sendo desde a escala monumental de um complexo arquitetônico até a sofisticação de um ambiente residencial ou corporativo.

Elegância e sofisticação como linguagem universal

A Cidade das Artes e Ciências é, portanto, mais do que um ícone da arquitetura valenciana: é um exemplo de como a elegância e a sofisticação podem ser traduzidas em formas, materiais e experiências. Um modelo de integração entre arte e função, que inspira profissionais em diferentes áreas da criatividade.

Na Idélli, acreditamos que o design planejado também deve carregar esse mesmo DNA artístico, refletindo a identidade e os valores de quem habita o espaço. Afinal, quando arte e arquitetura se encontram, o resultado é atemporal.

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