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21/04/2023
Nossas casas guardam o que há de mais essencial em nossas vidas. Os elementos da decoração são expressões da nossa identidade, o que torna a casa uma espécie de extensão de nós mesmos e permite que ela fale muito sobre as nossas histórias. Com os artistas, não poderia ser diferente, não é mesmo?
Grandes artistas deixaram marcas profundas nas casas em que viveram longamente e muitos desses locais repletos de lembranças e inspirações foram transformados em Casas-museu.
Casas-museu são imóveis que, através da conservação da forma, dos objetos e da organização original, buscam preservar um pouco da vida e da memória das personalidades que ali viveram.
A Idélli entende a casa como uma galeria de arte particular e conhece a ligação indissociável que há entre arte e vida. Por isso, para você se inspirar, preparamos uma lista de casas de grandes artistas internacionais que foram transformadas em museus. Continue a leitura.
A Casa Azul é um dos mais importantes pontos turísticos da Cidade do México. A bela residência de paredes azuis, hoje transformada em museu histórico e artístico, é o local onde a artista Frida Kahlo nasceu, cresceu, pintou, viveu com seu marido Diego Rivera, um dos maiores pintores mexicanos, e, por fim, faleceu.
A casa conserva as suas características originais e, além de abrigar a coleção de obras de arte de Frida Kahlo, Diego Rivera e outros artistas, tem todos os cômodos recheados de obras de arte popular mexicana, artefatos pré-hispânicos, fotografias e objetos pessoais.
(Acervo: Pinterest)
Os jardins retratados pelo renomado pintor impressionista francês Claude Monet podem ser visitados em Giverny, na região da Normandia, na França. Os belíssimos jardins repletos de lagos, pontes e uma infinidade de plantas criam um cenário paradisíaco que cerca a residência onde o artista viveu e pintou durante 43 anos, até sua morte, em 1926.
Além do espetacular jardim ao redor, dentro da casa é possível acessar uma incrível coleção de estampas japonesas e diversos universos visuais compostos em cada cômodo, que têm cores predominantes e detalhes únicos. Na casa de Monet, cada ambiente é uma obra de arte cheia de cores, quadros e harmonia.
(Acervo: Rumos Turismo)
Um fabuloso jardim também é o ponto alto do museu dedicado ao renomado escultor francês Auguste Rodin. Repleto de obras-primas do artista, o exuberante parque de esculturas rodeia a enorme mansão parisiense habitada por Rodin, desde 1908 até a sua morte, em 1917.
Uma curiosidade desta casa-museu é que ela foi idealizada pelo próprio artista, que, com medo de que o prédio, até então chamado Hôtel Biron, ficasse desocupado e fosse demolido, em 1916, doou toda a sua obra e toda a sua coleção de antiguidades ao Estado.
O governo francês aceitou transformar o espaço em um museu, porém, infelizmente, Rodin faleceu dois anos antes da sua inauguração. Desde 1919, o local abriga as obras de Rodin e também possui uma sala dedicada à artista Camille Claudel, que foi sua assistente por muitos anos e hoje é considerada uma das maiores escultoras da História da Arte.
(Acervo: Wikipédia)
A casa onde o pintor surrealista Salvador Dalí viveu com sua esposa, Gala, fica em Port Lligat, uma pequena e charmosa vila localizada na Catalunha, Espanha. Entre 1930 e 1982, o artista pintou algumas das suas fantásticas obras em um estúdio que tinha vista para uma paisagem tão mágica quanto as suas criações: o Mar Mediterâneo.
A extravagante residência do artista é a união labiríntica de várias casas de pescadores que o Dalí e Gala foram comprando e ligando umas às outras ao longo dos anos.
Hoje, os visitantes podem conhecer o jardim, o estúdio do pintor e algumas partes específicas da casa, como a biblioteca e os quartos. Também podem apreciar peças do mobiliário e quadros originais.
(Acervo: Spain This Way)
O pintor e gravador barroco holandês Rembrandt é considerado um dos maiores artistas da história e viveu seu auge durante o Século de Ouro Holandês, período marcado pela autonomia e destaque no comércio, na ciência e na arte dos chamados Países Baixos.
A casa que se tornou seu museu fica no centro de Amsterdã, onde ele residia no auge da sua carreira, entre 1639 e 1658. Depois disso, devido a problemas financeiros, o artista foi obrigado a mudar-se com a família.
Além de obras de arte, a casa-museu conta com peças de mobília e objetos originais da época, possibilitando uma completa imersão no ateliê de Rembrandt e uma incrível viagem no tempo. Assim sendo, a mansão, além de trazer informações sobre a vida e a obra de Rembrandt, é um retrato de como moravam os mais ricos na Amsterdã do Século XVII.
(Acervo: Shutterstock)
O pintor pós-modernista holandês Vincent Van Gogh residiu em muitas casas ao longo da vida, porém foi a sua última casa, em Auvers-sur-Oise, pequeno vilarejo francês perto de Paris, que virou sua mais representativa casa-museu.
Neste local, o artista passou seus últimos dias trabalhando intensamente até que, acometido de gravíssima depressão, tirou a própria vida.
A casa conserva todos os pertences originais do artista e a cidade passou por um significativo trabalho de registro histórico e preservação da memória, indicando, através de placas, os locais que serviram de inspiração para as pinturas de Van Gogh.
(Acervo: Parisiando Por Aí)
Jackson Pollock foi um pintor norte-americano e um dos artistas mais importantes do expressionismo abstrato. Em 1945, casou-se com Lee Krasner, também artista, e ambos adquiriram uma casa de madeira em East Hampton, Long Island. A residência possui um celeiro, que Pollock transformou em estúdio particular.
Lá, passou a realizar pinturas abstratas de grandes dimensões, aperfeiçoando a técnica de dripping, de respingar a tinta sobre telas imensas. O artista morreu em 1956, em um acidente de carro, e, posteriormente, a residência foi transformada em uma casa-estúdio-museu.
O local reúne obras de Pollock e Krasner e o principal atrativo é o celeiro onde, em diferentes períodos, ambos trabalhavam. O espaço conserva grandes manchas e respingos de tinta por todos os lados.
(Acervo: Gucki Design Blog)
Edward Hopper foi um pintor e ilustrador norte-americano. Suas obras mais conhecidas são pinturas que retratam situações de silêncio e solidão, especialmente no espaço urbano. Influenciado pelos estudos psicológicos de Freud, Hopper tinha interesse pela subjetividade humana e suas inquietações. Ele pintou até a velhice e morreu em 1967, no seu ateliê, na cidade de Nova Iorque.
Localizada em Nyack, no Condado de Rockland, Nova York, com vista para o rio Hudson, a casa em que Hopper nasceu e cresceu serviu de inspiração para suas obras. Após o falecimento de Hopper e seus familiares, o imóvel passou por um longo período de abandono, até que, por desejo dos moradores locais, foi restaurado e, posteriormente, tornou-se um museu.
O espaço cultural reúne as primeiras obras de Hopper, fotografias, objetos pessoais e trabalhos de artistas contemporâneos.
(Acervo: TripAdvisor)
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